Drops Vaca Amarela 2015 é uma extensão antecipada de um dos melhores festivais de música alternativa em Goiânia e tem projeção nacional. Ontem, 26/07, viajaram feio em uma proposta boa: apresentaram a recém-famosa banda Scalene (DF) com abertura do Aurora Rules (GO) em um grande e bonito - mas afastado - teatro da capital.
Scalene
Scalene pode ser mais uma banda de rock de Brasília, mas que na verdade parece vir do sul do país. É... os caras tem uma pegada muito Queens of the Stone Age misturada com emocore, bem típico dos barbudos das regiões mais frias do Brasil. Talvez sejam pop demais (ainda mais tendo sido finalistas do Superstar - Globo), mas a qualidade - letra e peso - compensam e muito. A bateria é executada magnificamente e o vocal é muito bom para os ouvidos, mas poderia estar com microfone mais alto neste show.
É bom ver uma luz no fim do túnel da escuridão dos produtos culturais pop. "Apague as luzes, jogue fora as definições. Diga agora tudo o que vê na escuridão" (Loucure-se/Éter/Scalene). Na escuridão - que é também metáfora para o show, momento em que uma obra de rock melhor diz a que veio - o que se nota é a presença rockstar desses moços. Para além do público-malhação que atraem, eles chamam uma responsa de bons letristas, bons músicos e com presença e imagem comparáveis a um Josh Homme.
Aurora
Aurora Rules é Aurora Rules. Show de metal, também afetado pela onde emocore - sem conotação degenerativa, please. Rodas bem animadas e letras... bem, dá para entender pouco de cara. Mas já os conheço faz tempo. Tem uma conexão legal com o público específico que atendem. Não é música para meu fone ouvido, mas para show, este momento tão importante no rock, sim.
Vaca
O que estragou muito do que poderia ter sido um show dessas duas bandas foi a viajada da produção do Vaca Amarela. Fazer show de rock dentro do Teatro Sesi, onde pela regra o público fica sentadinho - e nem existe espaço para bater cabeça e fazer rodinhas. Não rola... é show de rock, gente! Além disso, o lugar foi feito para outro tipo de apresentação. Se vai ser show de rock, então combina com a produção do local que a galera não vai respeitar uma regra dessas. Ainda bem que só tinha mesmo um responsável pelo local tentando fazer o público sentar - sem sucesso, claro. Além disso, o lugar é muito fora de rota. Como as pessoas vão de ônibus para lá? Domingo? Até quem mora perto reclama.
Scalene... enfim, Scalene é uma excelente banda, com um show de alto nível, mas que eu prefiro o álbum gravadinho. Éter (2015) ficou muito potente e passa ao largo dos clichês da maioria das bandinhas que saem de Brasília para fazer sucesso. Sou grato à Thaís, que me mostrou esse som.
Scalene
Scalene pode ser mais uma banda de rock de Brasília, mas que na verdade parece vir do sul do país. É... os caras tem uma pegada muito Queens of the Stone Age misturada com emocore, bem típico dos barbudos das regiões mais frias do Brasil. Talvez sejam pop demais (ainda mais tendo sido finalistas do Superstar - Globo), mas a qualidade - letra e peso - compensam e muito. A bateria é executada magnificamente e o vocal é muito bom para os ouvidos, mas poderia estar com microfone mais alto neste show.
É bom ver uma luz no fim do túnel da escuridão dos produtos culturais pop. "Apague as luzes, jogue fora as definições. Diga agora tudo o que vê na escuridão" (Loucure-se/Éter/Scalene). Na escuridão - que é também metáfora para o show, momento em que uma obra de rock melhor diz a que veio - o que se nota é a presença rockstar desses moços. Para além do público-malhação que atraem, eles chamam uma responsa de bons letristas, bons músicos e com presença e imagem comparáveis a um Josh Homme.
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Banda Scalene. - Foto: Thaís Cruvinel |
Aurora
Aurora Rules é Aurora Rules. Show de metal, também afetado pela onde emocore - sem conotação degenerativa, please. Rodas bem animadas e letras... bem, dá para entender pouco de cara. Mas já os conheço faz tempo. Tem uma conexão legal com o público específico que atendem. Não é música para meu fone ouvido, mas para show, este momento tão importante no rock, sim.
Vaca
O que estragou muito do que poderia ter sido um show dessas duas bandas foi a viajada da produção do Vaca Amarela. Fazer show de rock dentro do Teatro Sesi, onde pela regra o público fica sentadinho - e nem existe espaço para bater cabeça e fazer rodinhas. Não rola... é show de rock, gente! Além disso, o lugar foi feito para outro tipo de apresentação. Se vai ser show de rock, então combina com a produção do local que a galera não vai respeitar uma regra dessas. Ainda bem que só tinha mesmo um responsável pelo local tentando fazer o público sentar - sem sucesso, claro. Além disso, o lugar é muito fora de rota. Como as pessoas vão de ônibus para lá? Domingo? Até quem mora perto reclama.
Scalene... enfim, Scalene é uma excelente banda, com um show de alto nível, mas que eu prefiro o álbum gravadinho. Éter (2015) ficou muito potente e passa ao largo dos clichês da maioria das bandinhas que saem de Brasília para fazer sucesso. Sou grato à Thaís, que me mostrou esse som.
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