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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Adele

Choveram amigos apresentando ou pedindo minha opinião sobre essa cantora britânica de soul. Acho que a primeira foi antes mesmo do  21  ser lançado. Minha melhor amiga paulista, Fabiele, já questionou afirmando: "Adele é boa demais, não é?" A crítica acusou equanimidade escancarada ao resto do cenário musical (com razão), mas passou a repetir tanto que transformou Adele em um dos nomes mais pesquisados na internet em 2011, com cerca de 800 milhões de visualizações em seus vídeos no YouTube. Li muitas críticas, escutei os dois álbuns de estúdio, vi os clipes disponíveis, presenteei meu irmão com o DVD ao vivo e fui assistir junto. Duas vezes pra não cair na crítica vazia com base apenas nos hits "Someone Like You" e "Rolling in the deep". Agora da pra opinar sem me arrepender. As pessoas que me perguntaram nem devem querer mais minha opinião e provavelmente nem vão ler, dado meu atraso de meses para alguns casos. Vamos por tópicos que mais me incomod

Conspire!

"Bendito é o tempo que envolve o mundo inteiro em uma conspiração de amor" Hamilton Wright Mabie Você pode sentir? Ao tato de qualquer imposição, quero e vou sorrir. Sinto isso vindo do coração. Aos pagãos e mais ainda aos cristãos lembro que há mais muito mais que a cruz Porque só reluz necessariamente o que é luz! O rito... A data... Não é! Não pode ser só uma festa cristã*. A contraponto dos desalentados, há os felicitados animados a lhes cooperar mais nessa data que no ano todo. O Natal importa porque é conspiração de amor! Feliz Natal! Conspire por 2012! * Quer dizer, não pode ser festa apenas dos que se intitulam cristãos. A conspiração perpassa todos de qualquer crença e até os descrentes. Jesus se lê na conjugação do verbo amar, independente das ritualidades ou nomenclaturas das instituições humanas de religação com o transcendente.

Perspectiva transversal da comunicação para os movimentos sociais

Sociedade: Segundo a Wikipédia (na falta de uma fonte melhor para o momento), trata-se de uma “associação amistosa com outros”. Interpretando no nosso contexto: São necessárias divergências para haver  associação  entre elas. Se é  amistosa , é porque foram construídas formas de organização que possibilitaram isso. Instantaneamente, urgiram movimentos sociais. E qual o objetivo deles se não  movimentar , ou seja, sair do amistoso e re-valorizar a divergência? Movimentos sociais são, portanto, organizações ativas de contracultura. Do lado das ciências exatas e do pensamento grego, surgiu o termo  redes sociais , pelo menos algumas dezenas de centenas de anos antes de qualquer mensuração sobre sites como Twitter ou Facebook. Adotou-se que os movimentos sociais eram redes unidas por laços ideológicos, pois só assim seria justificada a “contra-adição”. Feita essa introdução atropeladamente todoroviana até aqui, vamos ao que interessa: a comunicação nos grupos de mobilização socia

No escuro

ou Agonia. ou Medo do escuro. Quando era criança fui ensinado a ter medo do escuro (DO ESCURO – ressalta agora em voz áspera de morcego). Ego inflado, atado, medo comprado. Ado, os machados. Achados e perdidos do céu. Meu réu sou eu. Eu disse que escolheria. Ele ria, riam todos de mim. Minguados apoiadores. Odores e calores nus. Cruz como cruzes sem ornamento. Pensamento irreflexo e calo no escuro. Eu calo e nasce outro calo. Ser ralo no escuro. Duro senso do oposto. Rosto sem sombra, sem luz, nem pus, nem lepra, nem festa, me resta contar 1, 2, 3 e rezar com ninguém. Amém. Aném... aflito dito o mito e solto um grito. Faço novo rito e finjo ser sozinho. Só no escuro posso brilhar. O ar, as palavras e minhas meias é só o que eu só posso sentir. Rir e ir, porque tá escuro. No muro, curo o fato fútil. Só no escuro posso brilhar. TE VEJO BRILHAR! Só no escuro. Urro, urr, ru (tosse). Só no escuro. Comentário e história do texto: É... também acho que poderia desfazer o parágraf

Conto descontado

Subi um degrau para dizer que estou no inferno. Destreinado da escrita poética, da fala, da audição e do passo, cai no mundo póstumo pessoal. Usaria a terceira pessoa, mas este conto (que é relato) é o antídoto perfeito contra este estado letal de insignificância. Aplicá-lo-ei na dosagem possível no ponto certo: minha veia. Nunca gostei de hospital, sempre temi a injeção, talvez porque ela invade um campo que é só meu (batida no gongo, irrompe egoísmo). Escrever é uma injeção de novos ares que ejetam o caos mental pela urina. Os mimos que sempre teve... (pausa com baforada) Ah! Mania de me pensar como um personagem alheio. Então, voltando: Fui mimado demais e qualquer resfriado me deixa prostrado. Esta é a justificativa que encontrei, egoisticamente, de me despir de qualquer culpa sobre meu traje moral defeituoso. Resfriei. Coriza, espirro, tosse... Melhora. A febre acompanhou e sucedeu a semana toda. Esticado na cama e, às vezes, escorado na cadeira, já fazia planos de t