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Mostrando postagens de abril, 2014

Entre a busca e o ato

(talvez eu nunca tenha escrito algo tão verdadeiro, claro e espontâneo) A busca é sã, mais: a busca é vida e mais nada. Estudar ou ser estudado por si ou pelos outros: escolha o dado. Quem não busca? Não ama: não vive. Não. Involuntário norte... aliás, inconsciente: morte. O caminho do ato, constante ser em busca, é ninho de rato. Mais que buscar ser é ser o que busca: por isso, nasce a ruga. Tudo solicita "conheça-te..." Mas porque cargas d'ouro foi Sócrates dizer a ti mesmo? Coincidência, na verdade, evidencia princípio. Deus. Um logos sensível ou uma sensação? Não sei. A sombra assombra e não é tão sombra assim: é avesso da luz. Busco self sem sombra: luz sem reflexo? Some a persona. O medo cria anjos que caem e monstros que saem à rua. Afinal, que há de mais racional que minha poiese? O mito.

Pessoas-instituições, pseudoenvolvimento e o acúmulo da obrigatoriedade

Este texto informal é um primário convite à reflexão direcionado principalmente a pessoas envolvidas em causas sociais para que respondamos porque estamos sempre atrasados e insatisfeitos com os resultados de nossas conturbadas agendas políticas? Apesar da pergunta intrigante, minha provocação maior deve vir no formato afirmativo. Trata-se da minha resposta a tal questionamento para aprofundar a reflexão além da habitual e indefinida acusação geral do sistema capitalista opressor como resposta fácil, o pão de cada dia que nutre as militâncias sofridas. Busco um olhar para dentro sem tirar o pano de fundo social. Vou tentar ser sistemático em três hipóteses paralelas: Observo há algum tempo um fenômeno identitário referente ao nosso modo de ser nas organizações sociais e populares que estou chamando de "pessoas-instituições", fator correlato a um crescente pseudoenvolvimento que, como resposta, atrai um acúmulo de obrigatoriedade. 1. Um movimento, grupo, coletivo, rede,

O avesso criador: uma cena armada

Uma fechada no trânsito de Goiânia nos limiares da Praça Universitária abriu a cena a seguir narrada pelas nossas personagens-figurantes da vida comum contemporânea do ônibus coletivo (028). - Ei, essa buzina. - O motorista do busão fechou o cara. Acelerador e mais buzinas ao fundo. - Nossa, olha ali. Dois passageiros percebem uma arma 40 em punho com um dos dois homens abordo no carro. E... parada de ônibus. Desce-sobe de passageiros. O carro desacelerou - alguém mencionou ser polo grafite (e tinha também manchas brancas bem reconhecíveis na semi-pintura) - e parou à frente do ônibus. Depois seguiu caminho. Deu voltas. - Olha o carro ali de novo! Lá vem ele! Tá com arma na mão! - Alguém ligue para o 190! - Vou ligar!.. meu celular descarregou. - Eles não vêm sem a placa do carro. - Vou tentar olhar! - e como um super homem, o jovem lança-se à janela a narrar a placa MNx-xxxx.. - Será que o motorista viu a arma? Vamos avisá-lo! - Motorista, você fechou o cara lá atrás e ago