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Mostrando postagens de dezembro, 2015

Croquis

De tudo o que é bom, eu sei bem o começo. O lápis em riscos apontados sobre o papel desenharam uma imagem branda, branca. Era um homem nu que andava sem tropeços porque as pedras não lhe foram desenhadas e era chão o que estava lá, na folha branca. Nesse algum dos instantes surgiu um avesso e não é que do outro lado havia um pássaro que de tão leve e vil, voou sutil e aqui chegou? Enquanto o mundo virava a folha, o homem tentou se vestir porque era obtuso e precavido, com medo do que haveria ali, logo ali, do outro lado, algo como um bicho feroz. Sem uivos, berros ou mais movimentos bruscos, desvairou as ofegâncias para então desejar saber o que há por trás do mundo e parou. Porque de tudo o que é bom, eis o começo.