Pular para o conteúdo principal

Da psicologia

Dar as caras em qualquer
show de roda
entre merdas e rosas
é escolha de rico gay
que se descobriu um rei

Na terra de Édipo-men
se arrisca a terapia
de Fromm a quem
se disse honesto e meio
depois do salto que dei

"Sobra em pé só quem teve a manha de dizer não
Sofre quem quer, quem não teve a manha de dizer não"
Eu não tenho a manha de dizer não
Sempre digo sim e sofro com o excesso por não dizer não

Engole seco se me roeu
o caule incesto sem
entender a que venero ateu
nú só brado meu: amém
ao freio do frágil subestimado

A terapia só
apetece conveniente se
quiser perder a
última chance de descobrir o novo
de inconformar de novo

--
O peso do seu julgamento acarreta meio milímetro a mais de corcunda no dono dos meus eternos cabelos encaracolisos. Os pés no chão rachado não desabilitam a asa no céu nublado, entende? Voando para alcançar o céu infinito da vida, andando para seguir o passo reto das regras ou mesmo nadando para profissionalizar o nada, o galho que fere a pata arranca a mesma lágrima sempre. E o fim é sempre o da mesma lei. Hermeneuta idólatra não passa de mais um pouco que eu. O que sabe, entanto, é só simulacro vil, viu?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Um relato de gratidão sobre a arte de Yashira

Quando eu era pequeno, lembro de ver a Yashira nas ruas de Palmelo. Ela era a louca e eu tinha medo dela, mas achava curioso. Uma parte de mim queria se aproximar dela, foi a parte que depois me levou a fazer curso de teatro e, quando eu atuava, eu lembrava um pouco dela e das performances que ela promovia nas ruas da cidade. Aí eu comecei a entender que era arte o que ela fazia. Mas era uma arte muito estranha, eu não achava bonito. Comecei a achar bonito quando me envolvi ativamente com movimentos ambientalistas durante uns cinco anos e vi que tudo o que ela fazia como arte era sustentável e que ela tinha uma mensagem ecológica. O ativismo dela não era pautado em um coletivo de políticas públicas como o meu, era um envolvimento por inteira. Junto, era uma causa espiritual. Eu entendi isso quando, espírita que sempre fui, tentava compreender o que era mediunidade em mim e ouvi ela dizendo que tudo era mediunidade nela. A arte, a ecologia, a espiritualidade... expandindo mutuamente s...

Diagnóstico - Giivago Barbosa

Ficha Paciente: Giivago Barbosa de Oliveira. Perfil: http://www.twitter.com/giivago Idade: 17 anos. Cidade: Goiânia / GO. Ocupação: Estudante. Restrições apresentadas: Gota de radicalismo motivada por convicção plena. Prescrições: Auto-moderação emocional. Diagnóstico rápido: Anacronismo criativo. Diagnóstico completo (para quem ousa entender): Caso surpreendente! Nunca avistei uma composição humana assim num jovem de dezessete anos. As dosagens de sua racionalidade são desmedidas, outro em seu lugar, seria um louco! Este garoto me parece um ser anacrônico que possui certo poder que desperta nos seus próximos a sensação inversa, sentem-se anacrônicos também. Como “He Man”, ele tem a força. Uma força incomparável. Sua presença é agente de mudanças no ambiente, quem tem olhos de ver isto é capaz de se impressionar com o campo magnético que caminha contíguo. A grande questão é saber se isto é um problema ou uma grande virtude. Detecto que são os dois ao mesmo...

O 16° Vaca Amarela foi a pior edição de um festival independente em Goiânia

Dois dias de festival em Goiânia. Sexta e sábado (22 e 23 de setembro). O segundo dia ainda virá, mas já é possível e necessário decretar o que foi essa 16° edição do Vaca Amarela, no Palácio da Música do Centro Cultural Oscar Niemeyer: ruídos, ineficiência e queda total dos equipamentos de som por repetidas vezes; inúmeros assaltos relatados no ambiente do festival, sem atendimento da produção; logística básica para o comércio de bebidas totalmente equivocada; atrasos, gafes e falta de profissionalismo da produção no palco; além de inúmeros problemas prévios de informação ao público. O contraponto foi o talento, profissionalismo e empatia dos artistas diante do público e da (des)organização. Nem artistas, nem público mereciam o descaso e o despreparo da produção neste ano. Pabllo Vittar é mesmo todo aquele furacão que foi noticiado no Rock in Rio. É uma cantora incrível, com performance única e sensível. Reergueu o show inúmeras vezes, mesmo depois de problemas com a abertura da cor...