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O sábado do Bananada 2012

Como se pode ver ao lado pela minha marcação no folder do Bananada 2012, estava pronto para conhecer ao vivo a Cambriana e o Macaco Bong e curtir o já idolatrado Diego de Moraes, como prioridades.

Mais cedo nesta sábado, 5, participei do 3º Fora Marconi percorrendo cerca de 3 km, o que deixou o gordinho aqui meio exausto. Cheguei, dormi... só acordei às 19 horas. Resultado: perdi o show da Cambriana e, quando cheguei os cuiabanos do Macaco Bong já tinham começado o show. E que show! Para compensar meu atraso, fui lá para a grade do palco ver Diego e Jards Macalé.

Bong Bom!

Macaco Bong: controlou meus sentimentos
Em minha cabeça ainda quadrada pouco entrava de música instrumental. Sempre fui fã das letras, da poesia falada pela boca. Mas a guitarra, o baixo e a bateria do power trio do Macaco Bong me fizeram pirar. Tenho que destacar que realmente os caras são muito bons e fazem um rock and roll de primeira.

O contra-baixo do Gabriel Murilo tomou conta e ditou a batida do meu coração. Incontrolável. Como se a batera do Ynaiã fizesse a vez das minhas veias e artérias, a guitarra do Bruno Kayapy soube ser meu sangue correndo e alimentando meu cérebro de tudo que eu precisava nesta noite: curtir um bom som. Fez-se poesia sem palavras.

Diego de Moraes: o que me fez sair de casa e ir no Bananada
Vi um cara na platéia cantando (mas a música é instrumental). Cada um faz sua própria letra. O instrumental do Bong, apesar de pré-proposta apresentada, abre o campo para vários sentimentos. Tinha gente batendo a cabeça, erguendo os chifres na mão e tinha gente beijando, outros estáticos, concentrados e até quem fechasse os olhos literalmente num ato de incorporação da música. Eu não sei como observei todos eles. Fiquei boquiaberto com a apresentação.

Dom Dieguito se apresentou, cantou, interpretou, pirou - pra variar - e teve convidados no palco. Sou fã do cara. Houve intervenções "Fora Marconi" e "Fabrício Nobre capacho do Marconi" com cartazes e gritos. O clima bem agradável. Pessoas bonitas. Tudo no horário.

Quanto vale o show?

Quando essa ideia começou, o lance era: você assiste o show e, na saída, paga o valor que acha que deve de acordo ao que viu e ouviu. Isso não deve ter rendido muito lucro e agora você paga na entrada um valor entre 2 e 100 reais avaliando um show que você ainda não viu. Comigo, desse jeito, não funciona.

Eu entrei com R$ 2,00. E, afirmo, como ocorreu em outras vezes anteriores, se fosse no esquema anterior, que pagaria mais se fosse no final. Queria chegar e falar pra moça do caixa: "Cara, quero pagar vintão pro Macaco Bong e uns dez pro Diego". Mas...

Esse 'quanto vale o show' é, hoje, uma falácia. Não estamos avaliando p**** nenhuma.

Comentários

  1. Querido, concordo com você. Macaco Bong é MARA, mas prometi a mim mesma que não iria mais naquele evento. E esse lance de 'quanto vale o show' é balela. Quem sai ganhando é aquele pseudo-produtor.

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