Trago a fartos goles a solidão
sem fases, nem chão
de muito longe um teto
repuxado, assim ereto
Engarrafado amarelo
engatinhando engafanhado.
Nos pés, o mais alto fio de cabelo
nos ombros, a falta de pescoço e pelo
Embebedado pelo suco
tento o degelo
sem sossego, urro!
unho, surto e fujo
Nos dias de hoje,
curto...
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a solidão que me pertence.
sem fases, nem chão
de muito longe um teto
repuxado, assim ereto
Engarrafado amarelo
engatinhando engafanhado.
Nos pés, o mais alto fio de cabelo
nos ombros, a falta de pescoço e pelo
Embebedado pelo suco
sem sossego, urro!
unho, surto e fujo
Nos dias de hoje,
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a solidão que me pertence.
A solidão é o terror de nosso século! Todos temos vivido a solidão, cada um a seu jeito e em seu espaço. E da solidão pro tédio basta um passo.
ResponderExcluirJD sua postagem me fez lembrar a exposição de um artista, q diz com sabedoria, q a solidão é tão somente a ausência de si mesmo.
"ausência de si mesmo" - perfeito conceito.
ResponderExcluirAdenevaldo, poética também sua interpretação. Obrigado pela contribuição.
Legal o conceito apresentando pelo Adenevaldo.Se , de uma lado solidão é a "ausência de si mesmo", penso que também pode representar a "presença de algo" camuflando de forma subliminar nossas verdadeiras personagens, características, enfim,nós mesmo.Muitos são essas "presenças", mudando tão somente de época e lugar. Hoje, para muitos, o facebook, , tem camuflado essa terrível solidão que sofremos. É quase igual a uma prótese, da qual não podemos viver sem, estamos ligado umbilicalmente, se não tivermos essa ajuda, não saímos de nenhum lugar... Lembro-me de um exemplo legal de solidão dado pelo filósofo Luís Felipe: imaginemos, hipoteticamente, que estamos está numa nave espacial. Somos capazes de fazer tudo, aliás, tudo que é civilizado possuíamos.Nós conseguimos viajar pelo mundo todo, passeamos por tudo o que existe. De vez em quando conseguimos visualizar uma luz bem longe, algumas pedras vagando, muita escuridão, muito vazio. Agora, passeamos pela extensão absoluta do tempo. Vagamos por esse universo para sempre, enquanto existirmos. Estamos na nave. Mas, quando paramos para refletir, descobrimos que só existe nós ( ou não ) no universo.Esse lugar onde estamos no universo é o lugar onde está a humanidade. Lugar inóspito ( porém habitado) e onde ocorre a exploração do homem pelo homem , etc.
ResponderExcluirParabéns pela postagens!
Alan, que aula de filosofia misturada com antropologia completamente contextualizada hein! Rapá!
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