Pular para o conteúdo principal

Rabiscaria intensa

A arte de rabiscar em todas as mídias

COBERTURA DO XVI GOIÂNIA NOISE FESTIVAL
18 de novembro
Cobertura completa na Agência de Notícias da Faculdade Araguaia.
Texto: João Damásio
Edição: Profa. Viviane Maia
Fotos: Tony Oliveira


Juntar a galera e rabiscar. Eis a rotina de Mateus Dutra, Anne Vilela e Carlos Vitor, jovens componentes da Rabiscaria, coletivo de arte que busca fazer um trabalho dialógico e inovador, enquanto agrega possibilidades e pessoas na procura de um risco perfeito.

Ao lembrar de referências como Egon Schiele, Queen e Vik Muniz, o desenhista Mateus Dutra diz ser autodidata: “O feeling aparece e a onda é aproveitar a maré. Desenho desde sempre em tudo que aceita minha caneta. Uso marcador, que é um pincel de tinta acrílica, mas na Rabiscaria, ainda aproveitamos de todo tipo de mídia”, completa Mateus.



Arte em canecas, camisetas, taças, quadros e até móveis compõem o portifólio da equipe. A fotógrafa, Anne Vilela, comenta que “já passamos o pincel até no sofá de um amigo. Não interessa a plataforma, mas a arte inserida ali, seja com o marcador, a câmera fotográfica, ou as ferramentas de webdesign”.

Para integrar o trabalho dos vários “profissionais do rabisco”, Carlos Vitor organiza a casa, chama a turma que guarda os desenhos em baixo da cama e possibilita a comercialização das produções virtualmente pelo site www.rabiscaria.com.br.



A maturação da empresa ocorre desde 2001. Carlos Vitor comenta que é importante “acreditar em todo mundo que desenha e que quer inovar, não importa a formação ou área de atuação”. E continua: “Vejo biólogos desenhando e pergunto: Isso vai mesmo ficar guardado? A idéia é fazer rodar a proposta de criar”.

A empresa é iniciante e preza pelo trabalho colaborativo. “Qualquer desenhista caseiro pode enviar suas artes, se forem boas, nós levamos para frente”, incentiva Carlos.

A Rabiscaria tem efetivado sua participação nos eventos e festivais com o intuito de testar a receptividade e continuar no feeling, a crista da onda que inspirou os primeiros rabiscos em conjunto.

Comentários

  1. Nossa João, parabéns pela matéria ! Nen sabia que vc tava escrevendo pra facul !
    Mto massa o texto e as fotos tbm !

    ResponderExcluir
  2. Obs.: Nem eu sabia que estava escrevendo para a facul.
    Somente neste evento é que me coloquei à disposição para a professora Viviane, já que estaria lá.
    E, bondosamente, ela me indicou uma pauta e editou.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Uma lição de um Desaguar: a profissionalização do ator

A 13ª Mostra Desaguar do Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França, que apresentou os espetáculos teatrais de formatura de alunos-atores nos dias 18 a 22 de novembro de 2014, me mostrou um pouco do que talvez eu apenas suspeitasse durante meus dois anos de estudo neste Teatro-Escola e me recordou importantes referências vivas e cotidianas durante meu processo de formação. Na verdade, sou especialista de generalidades humanas. Estudo comunicação e teatro, coisas que todo mundo nasce fazendo, coisas sem as quais a humanidade não seria. Atividades profissionais que sempre causam controvérsias burocráticas. O jornalismo perde seu diploma e todo mundo já fez 'teatrin'. Meu pêndulo balança muito para a comunicação popular e para o teatro do oprimido... Minha experiência até agora já me deu suficientes provas de que, como ferramentas pedagógicas, são libertadoras da condição humana. Por outro lado, meu pêndulo percebe o artista em si mesmo e sua investida profis

AUTODIAGNÓSTICO: Com toda beleza e abominação.

Todos prometem (e não cumprem) coisas no ano novo, eu não prometo nada. Como flecha de ano novo, encerro 2010 e inicio 2011 com meu autodiagnóstico, encerrando a série "Diagnósticos" do meu blog. Ficha Paciente: João Damásio da Silva Neto. Perfil: http://www.twitter.com/joaodamasio Idade: 19 anos. Cidade: Palmelo/Goiânia - GO. Ocupação: Acadêmico de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Restrições apresentadas: Egoísmo caótico que desregula a timidez. Prescrições: Nunca permitir mais de uma hora ociosa. Diagnóstico rápido: Antagonismo ao espelho. Diagnóstico completo (para quem ousa entender): Única regra para quem ler este diagnóstico: Tudo é mentira! Ora, como pode alguém se autodiagnosticar com sinceridade? Coisa de louco! Mas é minha obrigação, afinal fui ensinado a não julgar e estes diagnósticos mensais onde descrevo todo mundo nos ínfimos detalhes alcançados pela minha pouca visão não é menos que julgamento. Então, que pelo meno

Um relato de gratidão sobre a arte de Yashira

Quando eu era pequeno, lembro de ver a Yashira nas ruas de Palmelo. Ela era a louca e eu tinha medo dela, mas achava curioso. Uma parte de mim queria se aproximar dela, foi a parte que depois me levou a fazer curso de teatro e, quando eu atuava, eu lembrava um pouco dela e das performances que ela promovia nas ruas da cidade. Aí eu comecei a entender que era arte o que ela fazia. Mas era uma arte muito estranha, eu não achava bonito. Comecei a achar bonito quando me envolvi ativamente com movimentos ambientalistas durante uns cinco anos e vi que tudo o que ela fazia como arte era sustentável e que ela tinha uma mensagem ecológica. O ativismo dela não era pautado em um coletivo de políticas públicas como o meu, era um envolvimento por inteira. Junto, era uma causa espiritual. Eu entendi isso quando, espírita que sempre fui, tentava compreender o que era mediunidade em mim e ouvi ela dizendo que tudo era mediunidade nela. A arte, a ecologia, a espiritualidade... expandindo mutuamente s