
Aos poucos, eles caem
Perco os fios de cabelo
Desfazem o formato do pelo
Invicta preocupação pessoal
E imponente obrigação banal
Corriqueira forca
Derradeira escolha
A sociedade é minha cruz
Iluminá-la é minha luz
Cada fio amacia o chão
E me conduz
Pois escolho obrigar-me
Pés, peito, asa e carne
E fios de cabelo
Esparramados sem zelo
Enquanto produzo esta rima barata
Olá Sr. João Damásio.
ResponderExcluirSempre fiquei impressionado com seu jeito. Calado, centrado, ético, de risos desconcertados. Para quem acaba de te conhecer isso não é nunca evidente, vai se percebendo aos poucos.
E é justamente sobre isso que seu texto trata, seu próprio jeito de ver as coisas e lidar com as mazelas da sociedade que as vezes são comuns a todos nós humanos.
Grande Abraço.