
Ficha
Paciente: Thaís Lourenço Cruvinel.
Perfil: http://www.twitter.com/lcthais
Idade: 22 anos.
Cidade: Goiânia / GO.
Ocupação: Acadêmica de Letras na PUC-GO.
Restrições apresentadas: Incompatibilidade raivosa à erros de gramática.
Prescrições: Twittar mais, escrever um blog onde possa dar seus ‘berros’ pra gente.
Diagnóstico rápido: Contradição que une razão e emoção.
Diagnóstico completo (para quem ousa entender):
Nada mais complexo que desafiar-me a prestar o julgo sobre o que é a quebra da dicotomia entre razão e emoção. Convido a abstração e a deusa Lethes para empurrar minha sinceridade. Já com estas duas companhias posso ver na paciente, Thaís Cruvinel, uma complexidade comparada à de um planeta. Justifico por observar que não conheço ninguém mais racional, objetiva e coerente e, ao mesmo tempo e inexplicavelmente, tão emocional, fraterna e virtuosa. Estas últimas características só me foram perceptíveis com o auxílio de outro Deus amigo, o Cronos.
Há os que remetam sua imagem à de pessoa conservadora e os que palpitem sobre sua espontânea clareza e liberdade mental. O diagnóstico atesta ambas as colocações. Para ser sincero me enraiveço com as dificuldades que me impõe agora. E não só agora! Há outro momento em que minha fúria sobe à cabeça: em sua presença sempre me acho pequeno, uma criança que aprende a ler e escrever. Simplesmente, Thaís parece sempre estar certa. Por isto há recomendação para os que convivem com ela: Não há risco de contaminação, mas os cuidados devem ser redobrados antes de fazer oposição à ela.
Inusitadas também são a criatividade e a confiança com que faz transparecer seu estilo. De falar, vestir, agir etc. Tudo a meu ver é belo. Thaís é Pagu, talvez não a escritora e jornalista do modernismo no Brasil, mas a configurada na canção de Rita Lee e Zélia Duncan. Completamente. “Minha força não é bruta./ ... / Sou Pagu indignada no palanque./ ... / Não sou atriz, modelo, dançarina. Meu buraco é mais em cima. Porque nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é bunda, meu peito não é de silicone. Sou mais macho que muito homem.”
Acopla belezas sem maquiagem, razões sem frações e emoções sem traquinagem. Pura contradição. Destas combinações impossíveis que nela se possibilitam, garantidamente terá o quadro da “doença benéfica” desenvolvido fartamente. É visível que com toda confiança de mulher forte que aparenta, tem raízes na emoção e tem muito a demonstrar ao mundo e a si mesma. Privo-me de elogios baratos, são fatos deste “Raio-X”.
Com a palavra os “pimo lá da laje” (para quem não entendeu ainda):
Num tem jeito mesmo, né. Posso até dar meus trote e tentar passar no vocabulário pesado, mas os pimo lá da laje vem explicar tudo dipois.
Seguinte, num tem jeito de definir a mina aí porque ela é oito e oitenta ao mesmo tempo, num é meio termo, nem tudo, nem nada, é isto tudo junto. Só num posso dizer que a brodinha é perfeita porque junto de toda grande qualidade traz seu pecadin. E num é que isto parece que valoriza mais ainda. É igual gota de óleo na água, sem homogeneidade mas surpreende pelo destaque que tem.
Depoimento:
Como uma amizade pode se fortalecer, não é? Como o tempo contribui para isto. Não sei se é da própria Thaís ou de mim mesmo (esta timidez), mas foi um tanto demorada, a meu ver, nossa aproximação de conhecidos a amigos. O bom disto é que acredito no fortalecimento a cada passo de forma sólida.
Por fim, não é querendo ser sentimental demais, mas talvez já sendo (fato natural em mim), só tenho a declarar que reconheço na Thaís aquele tipo de pessoa que você tem certeza que, se não tivesse conhecido, sua vida seria totalmente diferente.
E se considerei, em diagnóstico passado, a Maíra como poço de espontaneidade. A irmã da espontaneidade só pode ser a sinceridade, que é a principal qualidade da Thaís.
Observações finais: Sempre sou sentimental demais. Acho que não sou um bom diagnosticador ou os pacientes escolhidos mechem demais com meu emocional. Veremos adiante.
Olá! João, você tem um estilo de escrita que muito me agrada! Eu gosto de como você escreve e, sem falsos elogios, acho que seu futuro como (como diria minha amiga) "escrivinhador" é grandioso. Obrigado pelas suas visitas periódicas ao meu blog! Espero um dia ter a honra de ser "diagnosticada" por este "Dotô"!
ResponderExcluirGrande abraço!
Εκτός Lethes!Εκτός Cronos! Εκτός João!
ResponderExcluirSeu modo de escrita é tão simples porém tão complexo. Me pergunto quem se atreveria a TE diagnosticar rs. Muito legal tudo o que disse, verdade direta e espontânea.
Abrs
Εκτός!!
Εκτός=Salve, em grego.
Ai João, você é o máximo escrevendo...
ResponderExcluirMas não sei, há tantos defeitos e tantas outras contradições que não estão aí no texto... de qualquer forma, gostei do diagnóstico, menos da parte de criar um blog,mas vou reler muitas vezes e considerar tudo, quem sabe um dia. Ah teve outra coisa que detestei... a foto, de onde saiu essa coisa? aff!!!
Parabéns João!!!!! Você sabe que sou sua fã néh??? adoroooo seus textos...te desejo todo sucesso do mundo
ResponderExcluirInteressante o diagnóstico! Seu dotô, quar meu pobrema? Diagnosticando os amigos, ehehehehhe!
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