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Galinha Preta: atraso de uma hora, saldo de melhor show

A banda brasiliense surgiu em 2002 e mantém suas origens de rock simples e pesado

COBERTURA DO XVI GOIÂNIA NOISE FESTIVAL
19 de novembro
Cobertura completa e postagem original na Agência de Notícias da Faculdade Araguaia.

Texto: João Damasio.
Edição: Vinícius Araújo.
Foto: Divulgação

Se comparado a este show, em proporções menores obviamente, o carnaval da Bahia nunca mais poderá ser chamado de arrastão. A atração mais esperada do último dia do festival começou com atraso de uma hora. Ainda assim, a banda Galinha Preta (DF) não decepcionou nenhum pouco seu público.

No início do show, o vocalista confessou: “a gente não preparou setlist, mas, e ai, o que vocês querem ouvir?” E foi assim o show inteiro, num repertório que agradou homens, mulheres, crianças, cães e até as baratas, na canção “A carta da barata”, que teatralizou o que as baratas diriam sobre seres humanos.

Com o som pesado, simples e nada elaborado, a “Galinha Preta” fez vários arranjos com distorção na voz, o que trazia a ironia e a comédia para a conversa.

Enquanto ocorriam as rodas punks, maiores que o próprio espaço, pessoas subiam e pulavam de cima das árvores, dos bancos e mesas e já não se sabia mais o que era palco, pois ele já estava invadido pelo público.

Vitor, um dos presentes avaliou que “o que havia de loucura em cada pessoa presente ficou ali, na hora desse show. Estamos todos mais limpos agora”. Ao olhar suas roupas, pôde discordar de si mesmo: “ou mais sujos na verdade. Mas por dentro, estamos todos na paz”.

Músicas da banda, conhecidas pelo público presente, como “Ninguém nesse mundo é porra nenhuma”, “Vai trabalhar vagabundo”, “Bicicleta”, “Sacos de Plástico”, “Eu não sei de nada” e “A, e, i, o, u” foram executadas com todo ânimo possível.

Uma chuva inesperada começou e, como atingia os instrumentos, o show teve que ser encerrado. Frango Kaos, vocalista da banda reconheceu que “o público ficou puto, mas não tinha jeito de continuar”.

Ao final do festival, em entrevista, Kaos comparou os públicos candangos e goianos: “Em Brasília, nós temos maior público, mas em Goiânia é sempre um prazer tocar, porque é muito massa, muito massa mesmo, é tudo mais animado. As pessoas aqui se entregam às músicas”.

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