Pular para o conteúdo principal

A porra da política de hoje

Zangado com isto, água contida transborda agora.

Cada pessoa é putamente complexa. Imagina o coletivo de seres humanos. Em tempos de eleições o que existe é uma guerra armada e muito bem (mal) planejada. O correto a se dizer é: Ninguém – nem mesmo os candidatos – sabem o que e porque estão fazendo.

Pessoas matam e deixam-se matar pelo que chamam de política. Pessoas compram, vendem e até alugam votos tão publicamente quanto as trabalhadoras da madrugada das esquinas de toda capital brasileira. Na política todos os envolvidos sempre dizem saber de tudo e usam frases sempre, pode parar e observar, categóricas e irretratáveis... a menos que a conveniência incite o oposto.

Nestas eleições presidenciais eu voto em Marina Silva com toda convicção do mundo. Categórico como todos meus companheiros errantes. Marina Silva faz uma nova política e me deparo com “marineiros”, assim são chamados os eleitores e apoiadores de Marina, que são muitos e acham que temos que acelerar o processo. “Marina é muito pacífica, quer mediar muito, fala muito elitizada...” ah, vai pra p*** q** p****!

Se é pra só panfletar, se é só pra dizer vote em Marina porque isto ou aquilo. Ou porque ela é Silva... há, pqp de novo. Marina está com mentalidade muito acima. Muitos a seguem por intuição porque, sinceramente, descobri que muitos não entendem o que ela diz. Ela fala os porquês de suceder um governo sem criticá-lo e as pessoas vem e dizem: É, Marina é sucessão, mas não pode falar bem dos outros governos não! Tem que falar mal, mas respeitando. Pqp pela terceira vez porque isto é impossível.

Eu sou + 1 e acredito em Marina Silva e me envolve ardentemente se preciso em sua campanha, não pela guerra de fogo cruzado que queima nosso dinheiro e que abala nossos palanques e dão matérias com auto valor-notícia aos jornalistas pelos ataques e catracadas.

Eu não sou partidário e pretendo não ser nunca. Acho uma bosta esta coisa de partido e isto, com certeza, um dia será abolido. Sozinho um partido não é nada e coligado é uma faca de dois gumes, uma verdadeira prisão onde um depende do outro e um manda no outro e um impede o outro de agir. Enfim, uma máquina em loop que não tem ritmo certo e quando acha um compasso é o pior passo possível.

O que importa para mim é a evolução que ocorre com o apoio à Marina ao meu e ao nosso modo, aqueles que se sentem ratos tentando sair da rodinha como eu. Desejo que Marina vença e acredito na vitória no primeiro turno mesmo! É! Alguns companheiros me dizem: “Se não for com Marina num vai ter transformação ou evolução.” Claro que vai!!! Só de nos reunirmos voluntariamente em prol da eleição de Marina que se candidatou por pedido popular e só de estarmos pensando em torno de tudo isto já é grande evolução. Nada é tão brusco e Marina não é uma santa milagrosa, é uma mulher que pode nos representar na tentativa convicta de mudar o Brasil, mas isto não se dá só com sua eleição. É apenas um, acredito pequeno, passo. O mais importante é a transformação interior em cada um, mesmo! Discordem o quanto quiserem.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Um relato de gratidão sobre a arte de Yashira

Quando eu era pequeno, lembro de ver a Yashira nas ruas de Palmelo. Ela era a louca e eu tinha medo dela, mas achava curioso. Uma parte de mim queria se aproximar dela, foi a parte que depois me levou a fazer curso de teatro e, quando eu atuava, eu lembrava um pouco dela e das performances que ela promovia nas ruas da cidade. Aí eu comecei a entender que era arte o que ela fazia. Mas era uma arte muito estranha, eu não achava bonito. Comecei a achar bonito quando me envolvi ativamente com movimentos ambientalistas durante uns cinco anos e vi que tudo o que ela fazia como arte era sustentável e que ela tinha uma mensagem ecológica. O ativismo dela não era pautado em um coletivo de políticas públicas como o meu, era um envolvimento por inteira. Junto, era uma causa espiritual. Eu entendi isso quando, espírita que sempre fui, tentava compreender o que era mediunidade em mim e ouvi ela dizendo que tudo era mediunidade nela. A arte, a ecologia, a espiritualidade... expandindo mutuamente s

Uma lição de um Desaguar: a profissionalização do ator

A 13ª Mostra Desaguar do Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França, que apresentou os espetáculos teatrais de formatura de alunos-atores nos dias 18 a 22 de novembro de 2014, me mostrou um pouco do que talvez eu apenas suspeitasse durante meus dois anos de estudo neste Teatro-Escola e me recordou importantes referências vivas e cotidianas durante meu processo de formação. Na verdade, sou especialista de generalidades humanas. Estudo comunicação e teatro, coisas que todo mundo nasce fazendo, coisas sem as quais a humanidade não seria. Atividades profissionais que sempre causam controvérsias burocráticas. O jornalismo perde seu diploma e todo mundo já fez 'teatrin'. Meu pêndulo balança muito para a comunicação popular e para o teatro do oprimido... Minha experiência até agora já me deu suficientes provas de que, como ferramentas pedagógicas, são libertadoras da condição humana. Por outro lado, meu pêndulo percebe o artista em si mesmo e sua investida profis

Por quê as faculdades particulares devem ser explodidas

Pelo mesmo motivo que o mundo deve explodir. Como dizem que deve ser... apocalipse mesmo. Lançar o fogo e arar a terra para receber novo plantio, cultivar (de cultura). Sim, eu sei que não é algo que um presidente de centro acadêmico em uma instituição particular costuma falar, mas eu acho que as faculdade particulares deveriam explodir! Até a que eu estudo, claro! Sim, eu também sei que as universidades públicas são cheias de problemas e que seus alunos tem a leve impressão de que as particulares são melhores porque a verba depende apenas de iniciativa privada. Ai é que começa o problema. O Cristiano Cunha, companheiro anapolino e amigo de movimentos sociais, uma vez disse: "A cultura é o problema". Eu, como todos na ocasião, não entendi. Nos últimos dias, tenho compreendido melhor. Nas faculdades particulares, cultiva-se apenas o "estuda ai e faça nosso nome acadêmico" enquanto isso eles ganham dinheiro, mesmo que jurem de pés juntos não ser a motivação