Pular para o conteúdo principal

O domingo do Bananada 2012

Dom Casamata: instrumental comandando
O instrumental tem aparecido com mais força. E tem surpreendido na qualidade. Exemplo disso é o som que Dom Casamata (GO) e Aeromoças e Tenistas Russas (SP) mandaram no domingo, 6 de maio, no Bananada 2012, no Centro Cultural da UFG.

Forgotten Boys: as primeiras rodinhas
Entre os dois, Red Boots (RN) tocou. É, simplesmente, guitar and drumm. São meio loucos. O baterista não quer saber de outra coisa se não espancar seu instrumento. O vocalista é ininterpretável. Doido. Mete a mão na guitarra, joga para o lado, maltrata a coitada. Enquanto faziam seu som, mandaram bem. Só não adiantava tentar falar. Falava enrolado. O cara é do tipo drogado por natureza. Tipo: "êeeesultmusga" significa: "Esta é a última música".

Violins é a melhor banda, repito. Musicalmente, poeticamente e tudo que tem haver com a mente. Todo mundo cantou junto e todos esperavam mais músicas. Os pedidos nunca acabam no show do Violins. Público bem fiel, sempre.
Black Drawing Chalks: sem dúvida os que comandaram a noite

White Denim: os carinhas do EUA - sou mais os GO
Mas a noite, pra mim, foi do Black Drawing Chalks. Forgotten Boys abriu o show provocando algumas rodinhas animadinhas, mas bem leves. Quando BDC subiu ao palco, triplicou o peso real de suas músicas e simplesmente detonaram. Os caras já voaram para todo canto com o "Life Is a Big Holiday for Us" e, finalmente, anunciaram disco novo por ai. Mas ninguém quis saber de mais nada, o que importava era as rodinhas intermináveis. Até então estava com alguma dor na coluna por ficar em pé parado muito tempo (to ficando velho). As rodinhas massagearam e resolveram o problema.

White Denim foi a última. Tão aclamada por todos, mas, sinceramente, ainda mais depois do BDC... a banda do EUA não me atrai quase nada. São bons, músicas legais e só.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Um relato de gratidão sobre a arte de Yashira

Quando eu era pequeno, lembro de ver a Yashira nas ruas de Palmelo. Ela era a louca e eu tinha medo dela, mas achava curioso. Uma parte de mim queria se aproximar dela, foi a parte que depois me levou a fazer curso de teatro e, quando eu atuava, eu lembrava um pouco dela e das performances que ela promovia nas ruas da cidade. Aí eu comecei a entender que era arte o que ela fazia. Mas era uma arte muito estranha, eu não achava bonito. Comecei a achar bonito quando me envolvi ativamente com movimentos ambientalistas durante uns cinco anos e vi que tudo o que ela fazia como arte era sustentável e que ela tinha uma mensagem ecológica. O ativismo dela não era pautado em um coletivo de políticas públicas como o meu, era um envolvimento por inteira. Junto, era uma causa espiritual. Eu entendi isso quando, espírita que sempre fui, tentava compreender o que era mediunidade em mim e ouvi ela dizendo que tudo era mediunidade nela. A arte, a ecologia, a espiritualidade... expandindo mutuamente s

Uma lição de um Desaguar: a profissionalização do ator

A 13ª Mostra Desaguar do Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França, que apresentou os espetáculos teatrais de formatura de alunos-atores nos dias 18 a 22 de novembro de 2014, me mostrou um pouco do que talvez eu apenas suspeitasse durante meus dois anos de estudo neste Teatro-Escola e me recordou importantes referências vivas e cotidianas durante meu processo de formação. Na verdade, sou especialista de generalidades humanas. Estudo comunicação e teatro, coisas que todo mundo nasce fazendo, coisas sem as quais a humanidade não seria. Atividades profissionais que sempre causam controvérsias burocráticas. O jornalismo perde seu diploma e todo mundo já fez 'teatrin'. Meu pêndulo balança muito para a comunicação popular e para o teatro do oprimido... Minha experiência até agora já me deu suficientes provas de que, como ferramentas pedagógicas, são libertadoras da condição humana. Por outro lado, meu pêndulo percebe o artista em si mesmo e sua investida profis

Por quê as faculdades particulares devem ser explodidas

Pelo mesmo motivo que o mundo deve explodir. Como dizem que deve ser... apocalipse mesmo. Lançar o fogo e arar a terra para receber novo plantio, cultivar (de cultura). Sim, eu sei que não é algo que um presidente de centro acadêmico em uma instituição particular costuma falar, mas eu acho que as faculdade particulares deveriam explodir! Até a que eu estudo, claro! Sim, eu também sei que as universidades públicas são cheias de problemas e que seus alunos tem a leve impressão de que as particulares são melhores porque a verba depende apenas de iniciativa privada. Ai é que começa o problema. O Cristiano Cunha, companheiro anapolino e amigo de movimentos sociais, uma vez disse: "A cultura é o problema". Eu, como todos na ocasião, não entendi. Nos últimos dias, tenho compreendido melhor. Nas faculdades particulares, cultiva-se apenas o "estuda ai e faça nosso nome acadêmico" enquanto isso eles ganham dinheiro, mesmo que jurem de pés juntos não ser a motivação