Pular para o conteúdo principal

Brasil por UK?

"Vei, é um álbum instrumental, tipo jazz, mas sem parecer aquelas jam sessions intermináveis"

Empolgadão, foi assim que o Vinícius Mesquita me apresentou o "South of the border", álbum dos anos 70 assinado por Brazilia '70 & The Chico Lopez All-Stars, grupo até agora desconhecido pra mim. Conversamos:
- Será que é brasileiro?
- Não sei... Brazilia com 'z'.

Os 283.000 resultados do Google ou pelo menos os dez da primeira página são insatisfatórios tanto no que se refere ao álbum, quanto no que tange ao grupo musical. No primeiro caso, a pesquisa remete a um documentário político estadunidense do diretor Oliver Stone e, no outro, a algumas páginas de download e venda do LP.

Segundo o blog Easy Listening World, as canções são todas originais sob a autoria de Syd Dale, Lew Warburton e Ray Davies.

UK

Parece que o álbum é o Brasil transcrito por músicos ingleses (UK). E quem seria o "... and the Chico Lopez"? Alguém sabe? O Google só mostrou um deputado brasileiro com esse nome, rs.

O Vinícius empolgou com o som. Eu também. Ele sempre compartilha ótimo gosto musical e escreve no Woodstock Sound (esse álbum ainda não foi pra lá - deveria). Pela nuance de diversidade contida no álbum, você também vai gostar! Não tem como não curtir...

A novidade é que costumamos importar e não exportar os elementos musicais, como agora. O álbum tem um tanto de Brasil, misturado com Cuba e demais hermanos, mas mantém a pegada jazz/rock natural dos ingleses em músicas curtas (entre 2 e 3 minutos cada). Confira no download: http://www.megaupload.com/?d=79I5T3W2.

Ou experimente ouvir uma das músicas primeiro:

Comentários

  1. Caro amigo

    Sou louco por música.

    E assim, de uma qualidade
    acima da média,
    nos faz sorrir de alegria...


    Viver é se fazer eterno
    para o coração de alguém.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Um relato de gratidão sobre a arte de Yashira

Quando eu era pequeno, lembro de ver a Yashira nas ruas de Palmelo. Ela era a louca e eu tinha medo dela, mas achava curioso. Uma parte de mim queria se aproximar dela, foi a parte que depois me levou a fazer curso de teatro e, quando eu atuava, eu lembrava um pouco dela e das performances que ela promovia nas ruas da cidade. Aí eu comecei a entender que era arte o que ela fazia. Mas era uma arte muito estranha, eu não achava bonito. Comecei a achar bonito quando me envolvi ativamente com movimentos ambientalistas durante uns cinco anos e vi que tudo o que ela fazia como arte era sustentável e que ela tinha uma mensagem ecológica. O ativismo dela não era pautado em um coletivo de políticas públicas como o meu, era um envolvimento por inteira. Junto, era uma causa espiritual. Eu entendi isso quando, espírita que sempre fui, tentava compreender o que era mediunidade em mim e ouvi ela dizendo que tudo era mediunidade nela. A arte, a ecologia, a espiritualidade... expandindo mutuamente s

Uma lição de um Desaguar: a profissionalização do ator

A 13ª Mostra Desaguar do Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França, que apresentou os espetáculos teatrais de formatura de alunos-atores nos dias 18 a 22 de novembro de 2014, me mostrou um pouco do que talvez eu apenas suspeitasse durante meus dois anos de estudo neste Teatro-Escola e me recordou importantes referências vivas e cotidianas durante meu processo de formação. Na verdade, sou especialista de generalidades humanas. Estudo comunicação e teatro, coisas que todo mundo nasce fazendo, coisas sem as quais a humanidade não seria. Atividades profissionais que sempre causam controvérsias burocráticas. O jornalismo perde seu diploma e todo mundo já fez 'teatrin'. Meu pêndulo balança muito para a comunicação popular e para o teatro do oprimido... Minha experiência até agora já me deu suficientes provas de que, como ferramentas pedagógicas, são libertadoras da condição humana. Por outro lado, meu pêndulo percebe o artista em si mesmo e sua investida profis

Por quê as faculdades particulares devem ser explodidas

Pelo mesmo motivo que o mundo deve explodir. Como dizem que deve ser... apocalipse mesmo. Lançar o fogo e arar a terra para receber novo plantio, cultivar (de cultura). Sim, eu sei que não é algo que um presidente de centro acadêmico em uma instituição particular costuma falar, mas eu acho que as faculdade particulares deveriam explodir! Até a que eu estudo, claro! Sim, eu também sei que as universidades públicas são cheias de problemas e que seus alunos tem a leve impressão de que as particulares são melhores porque a verba depende apenas de iniciativa privada. Ai é que começa o problema. O Cristiano Cunha, companheiro anapolino e amigo de movimentos sociais, uma vez disse: "A cultura é o problema". Eu, como todos na ocasião, não entendi. Nos últimos dias, tenho compreendido melhor. Nas faculdades particulares, cultiva-se apenas o "estuda ai e faça nosso nome acadêmico" enquanto isso eles ganham dinheiro, mesmo que jurem de pés juntos não ser a motivação