Todo bom roqueiro roqueiro é bom desde quando? enche
a boca para falar da banda preferida, dos solos, das letras, da atitude punk,
do histórico, das referências... Eu sou assim também. Tudo certo até o momento
que as baladas rock lotaram ao som do brega.
A tendência, pela primeira vez na história desse país (jargões neste texto são bem propositais e adequados), vem de Goiás, da terra conhecida nacionalmente por uma manutenção dos “valores da roça” e do sertanejo que não está no sertão, onde a maior inovação é o sertanejo universitário que não saiu do primário.
Banda Uó! Este é o nome do brega que quebrou a armadura dos roqueiros goianos. Longe de ser preferência dos bregas de verdade que curtem as produções das loiras paraenses que passam na TV, a Banda Uó é considera matéria Cult. É assunto das rodas de bate-papo da elite cultural goiana e até dos “ralé”, como eu.
Relutei meses para admitir que a tal da Banda Uó manda beme
veja bem que eu não disse que gosto hein! Hrum! A batida é a mesma de
sempre. Apesar das discordâncias na rotulação, o termo mais aceito para defini-los
é eletrobrega. O sucesso comercial passa em volta.
No 10º Festival Vaca Amarela, um dos eventos que mais arrisca trazer gente nova e mistura vários sons para públicos diversos e até divergentes, trouxe uma breguice total no primeiro dos três dias de festival. No meio de muito som bem elaborado, os shows que lotaram e agitaram foram justamente os da Banda Uó, Kumbia Queers e Falcão.
Kumbia Queers simplesmente quebra qualquer padrão de estética. Cada membro da banda se veste de um jeito completamente desarmônico, no show no Vaca Amarela, a baixista durona, metaleira, trajava um vestido onça, a vocalista uma bermuda jeans despojada com cabelo sei lá como definir, uma lá parecia o Mick Jagger, a outra parecia uma menininha inocente falando palavrões, uma outra lá na boa, vestindo camisão de jogador de basquete. A baterista eu nem consegui reparar.
Isso porque o rock é atitude e é liberdade. E é insanidade. Essa galera do brega no meio do rock é a coisa de mais atitude e mais insana que podemos assistir ao vivo agora. Apesar do susto ao ver show do Kamura mornar e da Banda Uó ferver, concordo que eles, agora – até quandose acontecer a moda passar, são mais rock’n’roll que
nós, conservadores do rock, numa dura contradição.
Banda Uó - o boom do eletrobrega, orgulho de muito goiano |
A tendência, pela primeira vez na história desse país (jargões neste texto são bem propositais e adequados), vem de Goiás, da terra conhecida nacionalmente por uma manutenção dos “valores da roça” e do sertanejo que não está no sertão, onde a maior inovação é o sertanejo universitário que não saiu do primário.
Banda Uó! Este é o nome do brega que quebrou a armadura dos roqueiros goianos. Longe de ser preferência dos bregas de verdade que curtem as produções das loiras paraenses que passam na TV, a Banda Uó é considera matéria Cult. É assunto das rodas de bate-papo da elite cultural goiana e até dos “ralé”, como eu.
Relutei meses para admitir que a tal da Banda Uó manda bem
No 10º Festival Vaca Amarela, um dos eventos que mais arrisca trazer gente nova e mistura vários sons para públicos diversos e até divergentes, trouxe uma breguice total no primeiro dos três dias de festival. No meio de muito som bem elaborado, os shows que lotaram e agitaram foram justamente os da Banda Uó, Kumbia Queers e Falcão.
A batida brega, o misto latino e a pegada punk não é
exclusividade da Banda Uó. Percebi quando assisti a “versão argentina” – Kumbia
Queers. Um sexteto femininamente macho que manda um som tal qual Banda Uó, mas
com as peculiaridades argentinas.
Kumbia Queers simplesmente quebra qualquer padrão de estética. Cada membro da banda se veste de um jeito completamente desarmônico, no show no Vaca Amarela, a baixista durona, metaleira, trajava um vestido onça, a vocalista uma bermuda jeans despojada com cabelo sei lá como definir, uma lá parecia o Mick Jagger, a outra parecia uma menininha inocente falando palavrões, uma outra lá na boa, vestindo camisão de jogador de basquete. A baterista eu nem consegui reparar.
Conclusão
Para você que ficou com preguiça de ler tudo e ficou feliz
em ver que tem um subtítulo “conclusão” e acha que basta, pode ler só isso...
está certo. O resultado é que quem está certo é o tio Pablo Kossa e sua banda “Chapéu,
Cerveja e Frustrações” quando interpreta uma resposta que caberia bem na boca
dos brega-roqueiros: “Eu sou mais rock’n’roll que você!”
Isso porque o rock é atitude e é liberdade. E é insanidade. Essa galera do brega no meio do rock é a coisa de mais atitude e mais insana que podemos assistir ao vivo agora. Apesar do susto ao ver show do Kamura mornar e da Banda Uó ferver, concordo que eles, agora – até quando
A Uó pra mim ainda não tá com esse borogodó todo, dos hermanos não posso falar, mas se servir pra dar risada tá bom. O problema é que dificilmente quero dar risada ouvindo rock'n roll. Mas e daí, se tem quem queira, que pluguem-se as guitarras e aumenta o som aí! rs.
ResponderExcluirEeee João, você e seus rocks né !
ResponderExcluirEsse ano quaaase que fui no Vaca Amarela, queria ver o show do Copacabana Club, mas não teve como por que tinha um aniversário pra ir...
Enfim, essa Banda Uó eu ainda não escutei, mas fiquei bastante curioso a cerca deles, vou ouvi-los e te falo minha opinião depois... Mas só pelo seu texto - que sempre me ajuda muito com novas bandas e opiniões sobre um bom rock'n'roll - puder entender o estilo da banda, que imagino não me agradar muito, mas não posso falar sem antes experimentar né !
Paullo, o Pyguá, lá no Martin, lotou de verdade no show da Banda Uó. E o pior: Não foi só de curiosos. Eles colocaram um clipe novo na internet há dois dias do show e todo mundo (menos eu, kk) sabia cantar a tal música. Eles estão concorrendo no VMB e um monte de fatores assim. Existe uma jogada comercial fudidona junto também né.
ResponderExcluirDu, você não deve curtir, apesar de ser um tanto eclético. Eu não curto o som deles. Curto a "fenomenologia" do caso. Não que a música deles seja um fenômeno. Mas o efeito... atingiu um bando de roqueiros, cara!
Sou suspeito ao falar desse grupo, pois volta e meia publico algo que notifique novidades do grupo.
ResponderExcluirEm fim, gosto do tema q eles trabalham e da forma como usam. Misturam diversos elementos, conseguem muitos efeitos ao mesmo tempo.
Agora... Existe, como o JD já disse, uma jogada fudida de marketing. Percebe-se uma estrutura pomposa em volta deles.
Yeah, Adenevaldo... o lance é a jogada! De identificar (ou criar) o nicho e preencher.
ResponderExcluirEu nem curto o som de fato e nem mesmo forma com que a temática é tratada, mas não vem ao caso pra mim.
E esse foi o show do tal do Kumbia Queers: http://www.youtube.com/watch?v=gV-4Rp0_Eeo&feature=player_embedded
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