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Banda bonitinha


Direto ao ponto, A Banda Mais Bonita da Cidade é bonitinha. No mesmo naipe da Sandy. A diferença é que há uma pitada agridoce nas letras que impõe um ar de personalidade própria.

Junto à amiga de jornais e artes Bruna Arantes, arrisquei ‘quarenta conto’ neste dia 21 de setembro no Bolshoi Pub para conhecer ao vivo a banda curitibana que até então só tinha grudado em mim e em todo mundo com o webhit Oração.

Fiz questão de não buscar mais informações na internet antes do show. O intuito era conhecer quem eles eram por trás do vídeo muito bem produzido e reproduzido do single. Na real, só arrisquei a ressaca no meio da semana (quarta à quinta) e a grana de fim de mês por dois motivos:
1.       A abertura do show foi por conta da Gloom, a banda mais bonita de Goiânia, conforme acordado entre artistas e público na ocasião. E então valeria a pena, mesmo se a curitibana fosse ruim;
2.       Entrevistas e críticas sobre a banda me falaram que apesar da alegria da Oração, a banda tem seus momentos mais folk, melódico, introspectivos e até triste. Serviu para me despertar a curiosidade.

O início do show foi bom pela expectativa. O meio foi um tanto sonolento. O final foi bom porque, como era altamente previsível o encerramento seria com Oração, junto a pulos, trenzinho da alegria e papeizinhos coloridos ao vento.

Não faz meu tipo musical, mas o momento foi de divertimento bobo, de esquecer o restinho do mundo. Gloom invadiu o palco da A Banda Mais Bonita da Cidade e fez o final feliz. Se você ainda não conhece e não se incomoda de ficar com uma música gravada na cabeça durante séculos, vale clicar na Oração, com mais de 7,5 milhões de acessos no YouTube.

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